segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Solitude


E aqui jaz mais uma noite
Uma noite minha e tão somente minha
Que então compartilhei...

Eu vi rostos bonitos e faces obscuras
Mirei olhos que não eram os que eu queria
Admirei a tantos que saber contar nem saberia

Toquei lábios tão femininos e tão suaves que tive vontade de correr
Meus pés se firmaram no chão, insanamente desejando acordar
Fechei os olhos e então uma escuridão, vi três ou quatro estrelas brilharem

Naquele mar escuro de estrelas eu li pessoas que não conheço
E eu me trouxe de volta com a chuva caindo sobre mim, os pés frios e molhados
Eu olhei ao redor e procurei por algo que não sei
E então eu subi, subi alto em meus pensamentos e brinquei de realidade
Eu olhei dentro das gotas de água que caiam e desejei ser uma delas
Ser simplesmente como uma bomba que cai lá de cima e ao encontro com a terra estoura

Eu tentei ser um arco-íris e brilhar entre outros
Olhei pro Sol (fraco) e também as nuvens negras
Olhei dentro de mim, olhei para fora de mim
Parei, tentei pintar as cores... Cai intensamente
Eu tentei olhar onde meus olhos não podem enxergar
Vejo tão preto e branco que as cores eu não soube borrar
Sombrio, sozinho...

Venho aqui contigo me deitar, desejando como – Ó ti – saber jazer
Minha noite, noite linda
Minha e tão somente minha que não soube compartilhar.

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