domingo, 29 de janeiro de 2012

Um Verso Assassino


Meus sonetos contam minha vida
Meu coração escreve cada refrão da minha melodia
Sangro minhas felicidades, sangro minhas dores

As cores mais belas criei,
os suspiros mais profundos te dei
Te fiz meu mundo e mergulhei

Minha árvore chegou a Primavera
Dos seus galhos muitas flores nasceram, muitos frutos morreram
Do seu tronco muitas marcas surgiram

Meus poemas são quase que um grito
Minhas escritas se tornam um atrito
Fujo da realidade, sou a queda de um meteorito

A Terra completou uma volta completa,
mais dois meses se passaram
Algumas angústias restaram

Meu soneto foi borrado por um refrão malcriado
Ensinei tantas vezes, mas ele foi desgraçado
Lutei em vestes brancas, estou todo manchado

Foi-se belas harmonias, foi-se bela melodia
As minhas mãos carregam amor, o meu corpo treme como um tambor
Minha razão já não funciona mais

Ó histórias incriveis de minha vida
Por que criar um refrão tão indigno a nós?
Dois, um, dois; você e eu; você, eu. Ainda assim nos confortando.