sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Flores de mim


Cheguei a conclusão de que não vivo
Morri com os românticos de anos atrás
Vivo buscando a flor bela de um campo meu
e nunca a encontro nos campos teus

Me cego com dois ou três
e me perco em cinco ou seis
Me completo apenas por um,
mas nestes tempos não encontro nenhum

Planto cravos e espinhos,
colho gramas murchas e incapazes de viver
Reluto vida, reluto amor
Encontro dor, planto dúvidas

Sou o pólen das flores tuas,
mas minhas abelhas brincam em outros jardins
Não cai na febre dos fenos,
mas teus lírios me afastam demais

Brinco de Eva ao morder o fruto proibido
e encontro Adão nas minhas fronteiras
Sou Perséfone em nosso âmago e Atenas quase sempre fui;
me transformo em Afrodite e acabo como Artêmis

Sou a incerteza de dois corpos
envolvida no meu ser
Sou a vontade louca de amar
e a medida envolvente de outros seres em minha vida.

3 comentários:

Bruna Villani disse...

Muito bom! Adorei! Bjs

Mandy... disse...

Olá! Achei teu blog por acaso e gostei muito. Eu escrevo coisas também, porém sempre tive vergonha de publicar na net.

Parabéns!!!

Mandy... disse...

Olá! Eu que agradeço a sua visita no meu. (Coitado do meu blog... Faz tempo que não escrevo... Ando sem inspiração huhuhu)

Tá tudo ótimo comigo e com você?

Tentei de responder por e-mail, mas, acho que não deu certo (rs).

Observei melhor seu blog e vi os vídeos que tu colocaste. Poxa! Também curto “Neruda” muitão.
Você é professor de espanhol?

Obs.: Não vi você me seguindo :/

Tudo de bom para você :)