tag:blogger.com,1999:blog-8231586465955177532024-03-12T22:18:54.663-03:00Cinzas de MimEric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.comBlogger67125tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-67232363730498652372017-08-11T07:57:00.001-03:002017-08-11T07:57:30.960-03:00Os Detalhes do Amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4vvonnQguJX6gwuej-FeM99QhAenWQh5XWaQeIrRj5rR2Rk5-n7h_3Gmmab_GvRHgYy3TxVAdjFsjLvMqsE-Mj2YwOS1AUS5VNpxQGUsSRZY-nVAWyhMXkexEZUV54DLPb0KboPW8poc/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="512" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4vvonnQguJX6gwuej-FeM99QhAenWQh5XWaQeIrRj5rR2Rk5-n7h_3Gmmab_GvRHgYy3TxVAdjFsjLvMqsE-Mj2YwOS1AUS5VNpxQGUsSRZY-nVAWyhMXkexEZUV54DLPb0KboPW8poc/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O amor se alegra com a simplicidade daquele bom dia que faz o nosso coração acelerar quando quem se ama lembrou da gente logo pela manhã. Daquele “se cuida”, como quem, na verdade, quer cuidar da gente; ou aquele “você está tão linda”, que faz o coração da gente saltar fora, como quem transborda de amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vejo amor nos pequenos detalhes e acredito que são essas coisas, essas pequenas coisas, que sustentam o amor em um relacionamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é preciso jantares caros e presentes com preços absurdos para conquistar um coração. </div>
<div style="text-align: justify;">
É aquele “posso te ver hoje?” no meio da semana, que chega de forma descompromissada, livre de desculpas, que nos saltam os olhos e o coração. </div>
<div style="text-align: justify;">
É aquele "vem mais cedo", carregado de saudade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como é bom quando nos deparamos no meio do dia com uma mensagem que nos diz “estou com saudade”. Como é confortante quando nos segura pela mão e diz que ”vai ficar tudo bem”, mesmo os problemas sendo enormes e querendo nos engolir. O nosso coração se alegra quando o outro decide ficar e nos faz companhia, dispensando as palavras e oferecendo a sua presença.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sempre preferi presença a presentes, eu sempre gostei de assistir a um filme abraçada, mesmo sem entender uma vírgula do que se passa na tela, mesmo sem entender a história e saber quem é o herói. Isso porque eu entendo perfeitamente o que se passa dentro de mim: um coração feliz por estar na companhia de alguém que amo. Eu vejo amor naquela flor arrancada na rua só pra dizer “lembrei-me de você”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejo amor quando recebo uma ligação só para saber como foi meu dia e se eu, de alguma forma, estou precisando de algo. Esse interesse espontâneo me faz sentir que se importa comigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O amor se alegra com a simplicidade, é nos pequenos detalhes que o coração acelera, é com essas proezas do dia a dia que o amor reacende diariamente a sua chama. É aquele cafuné que esbanja carinho que faz com que a gente deseje mergulhar todos os dias na mesma história de amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É quem prova todos os dias, de alguma forma, de um jeito todo seu de demonstrar, o quanto quer ficar e o quanto somos importantes. Eu me sinto amada com aquele “quando chegar me avisa, para saber se você chegou bem”. Meu coração transborda quando, mesmo com tantos espinhos da vida, o amor me traz flores e faz renascer em mim a esperança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vejo amor no abraço apertado, na música enviada com um toque de “preste atenção na letra”, no sorriso de canto de boca quando estou desconcertada com algum elogio. Vejo amor naquele “pensei em você quando vi isso”, seguido daquela imagem que nos causa riso, daquela graça e piada interna que só você e aquele alguém consegue decifrar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejo amor no olhar que brilha, na voz que engasga, no toque que nos desmonta e nas palavras que cicatrizam as nossas feridas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um bom dia sempre diz mais do que simplesmente um bom dia; um eu te amo de forma despretensiosa sempre diz algo a mais, assim como o se cuida, o boa noite e as inúmeras formas de dizer eu pensei em você. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só quem vê o amor nos pequenos detalhes consegue ler o amor que está nas entrelinhas de frases como essas. São os detalhes que fazem o coração acelerar, que fazem a alma florescer e o coração transbordar.</div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-41208587286191171732017-05-09T03:28:00.002-03:002017-05-09T03:28:28.957-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQnf-sUuDSkrhlZHByU1rq5DzXv0IYYYHzUsf89tsis32t8DfIdoB6kRRmDai4KVg0gp-0OR0GSke0eauEPGweuhbWjS4glwMjdqOTbBI5_m2Rp0YRpXweTm1Bmgyljv88Zdyz0oQTwVQ/s1600/555555555555555.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQnf-sUuDSkrhlZHByU1rq5DzXv0IYYYHzUsf89tsis32t8DfIdoB6kRRmDai4KVg0gp-0OR0GSke0eauEPGweuhbWjS4glwMjdqOTbBI5_m2Rp0YRpXweTm1Bmgyljv88Zdyz0oQTwVQ/s400/555555555555555.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Numa noite temblada de estrelas um homem caminha à rua. Seus pensamentos bailam junto as nuvens e suas vestes cantam as ondas do mar. Um jogo de personalidades invade a sua alma... ora enaltece o mundo em que vive, ora martela as lembranças que pesam sobre o seu ombro.<br />
<br />
<em>Ó sortes malfazejas!, que pesar trouxestes ao mundo meu!<br />Ah, vida insana, que jóia rara me abrilhantou!<br />O que faço eu sobre essa odisséia da vida minha?!<br />O amor sobrevive a segredos justificados?<br />Morbo.</em><br />
<br />
Pairando sob as árvores a coruja o observa. Seus olhos acompanha aquele homem distante. Suas asas sopram a vida dele adiante.<br />
<br />
<em>Já fui cinza, me criei preto e branco<br />Sorri, chorei. Me colori. Hoje sou um turbante pintado em arco-íris.<br />Guardo em minha cabeça as cores que já vivi.<br />Guardo em minhas vestes as dores que hei de viver. Ou não.<br />Zelo.</em><br />
<br />
Um caiçara urbano cruzou seu caminho. Ventou forte e derrubou algumas portas. O homem sem saber o que fazer deixou então a porta aberta; por mais que um cadeado estivera ali, fora destruído. O coração navega nas incertezas. O homem reconhece as suas tristezas.<br />
<br />
<em>Quantas águas já passaram. Quantas gotas já secaram.<br />No meio do meu deserto nasce uma fonte.<br />No meio de mim, um afronte. Deixar ou ser deixado.<br />Viver. Ser feliz. Viver, infeliz. Qual dos dois há de restar?<br />Perdoe-me por tentar.</em><br />
<br />
Sem saber em que rua está o homem continua transitante. Baila vento, baila estrela. Baila lua. Caminha confiante de que seu amanhã será belo, apesar de todas as suas dúvidas. Não busca insultar ninguém, afinal só quer o próprio bem. Ele vê ao final da estrada uma linda cantoria. Segue em frente sem saber quanto tempo levará na esperança de que o Sol nascerá acalentando o seu coração, brilhando em emoção. Espera que os raios de luz sejam suficientemente fortes e sinceros a fim de que toda e qualquer poeira deixada pela rua de vida possa ser esperançada em novos futuros. <em>Amor.</em>Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-6371490485355581622016-01-04T16:51:00.002-02:002016-01-04T16:56:15.270-02:00Andorinha de Verão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCId7aZaUqebk1IzIZiMCpaUPd9lNO6-xzfzs3Pk76oVsoY_Eyu61oPrLIpgZhhk4uqDQh7h6AGXP12CK7fnPESwIhYwygWDydQCCcsM2tuSFPfk3S9c-DiAWz2hG76M-KivBrk8eGygU/s1600/abstract+swallow.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCId7aZaUqebk1IzIZiMCpaUPd9lNO6-xzfzs3Pk76oVsoY_Eyu61oPrLIpgZhhk4uqDQh7h6AGXP12CK7fnPESwIhYwygWDydQCCcsM2tuSFPfk3S9c-DiAWz2hG76M-KivBrk8eGygU/s320/abstract+swallow.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Conta-se eras de mundos incertos,
conta-se eras de mundos concretos. Utopia de vida transformada em realidade.
Por amor de verdade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Conta-se gritos de histórias
inventadas. Conta-se também memórias resgatadas. Felicidade da vida, tristezas
contidas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um pintor saiu de seu ateliê e o
mundo foi pintar. Viu-se pássaro e então foi voar. Encontrou bela andorinha que
junto então jurou amor. Amor esse de tu e eu que outrora se viveu.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A vida, finita, tornou-se
encantada. Os dias em negrito, coloridos se fizeram. Os dias amenos se tornaram
agitados e os bosques perdidos tornaram-se jardins encantados.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desse mundo teu e meu que criamos
- e das felicidades, histórias, memórias e vitórias que foram conquistas, as
fizemos perpetradas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A andorinha então fez 4 verões de
alegria contada; e uniu-se famílias abrigadas num ninho conjunto. Contou-se
alegrias e tristezas, sorrisos e lágrimas. Houve guerra em busca de paz. Houve
paz em busca de guerra. Conselhos perdidos que ninguém atendeu. Corações
felizes que ninguém entendeu.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Uma fronteira então nunca foi
almejada. Pra sempre e por todo o sempre aquele ninho se mantém. Foram juras de
amor e de sucesso a alcançar. O meu bem será então o seu, bem como suas
vitórias serão as minhas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nesse último verão ventanias
passaram, os galhos daquela árvore caíram aos poucos. Mas suas raízes se
mantiveram bem fortes. Um lenhador então apareceu e prometeu que daquela
floresta muitos prédios surgiriam, turbulentas vidas viriam e o cenário
mudaria.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O pintor, sagaz, borrou o
lenhador de sua tela. Pintou bela sinfonia espalhando o amor sobre os ventos
soprados daquela floresta. A família mantêm-se unida, os cantos dos pássaros já
não são tão sincronizados, mas buscam sempre o seu melhor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Sol então baixou. O verão
acabou. O inverno se aproxima.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desse ninho acalentado que
ninguém nunca resolveu sair, uma andorinha então se detém. Ela se joga do ninho
e voa atrás do seu pincel, seu futuro – diz ela – será pintado diferente.
Pintará céus encantados e mundos divergentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bate a asa pequenina, voa alto lá
no céu, entre nuvens de esperança e nuvem de amor. Ela sobrepõe o ninho de
verão e vai à busca do que a sua família não pode alcançar, estão cansados e
precisam descansar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O pintor, sagaz em sua magia,
pinta então uma andorinha sobrevoando um mar de gratidão e gira forte em meio a
ele uma onda de felicidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voe alto andorinha, refaça o seu
horizonte. Brilhe mais que o Sol pintado em tela. Faça suas próprias estrelas e
não chore brilhos de sofrimento. Vá em seu trajeto desajeitado em busca de um
acalentado verão. Lembre-se, andorinha de inverno, que sua família está no
ninho, esperando pelo seu sucesso. Não ouse nunca dizer que foi um ingrato a
viver no ninho, menos ainda que desprezo outrora tivera; nunca – jamais – diga
que o amor nunca viveu e que o sentimento divino morreu.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O amor, pintor meu, supera as
barreiras; vento vai, vento vem, ele precisa se adaptar. Esse amor é divergente
e baila junto ao mar. As vibrações já não são mais as mesmas, mas as ondas
continuam pulsando, os sentimentos se mantêm. Diferente todos os dias, não
significa que não o amaria.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A andorinha, desajeitada sobre o
céu, não consegue então dizer adeus. O pintor então desenha um sorriso e
perpetua gargalhas dessa condição. Ele assina amor no verso da tela e explica
que nunca precisará se despedir, pois aquele mundo foi eternizado em seu
coração. E será uma vida de voos distintos, mas de encontros repentinos.
Aprenderás a voar nos céus meus, assim como saberei nadar nos mares teus.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não desperdice sua tinta em busca
dum verão acabado. Voe em busca de um verão renovado. Encontre-se a si mesmo e
lembre-se de sua família.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A andorinha, num último ato sobre
aquela floresta, desenha então um coração ao céu e desperdiça todo seu amor
sobre aqueles olhos cintilantes, fazendo-os lembrar que acima de tudo estará
ali. Numa nova condição de voos, mas com memórias de vidas eternas vividas, com
memórias que ninguém – nunca – jamais poderá apagar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A andorinha, ao voar daquela
tela, rabisca então ao lado do pintor. Quem olha a tela daquele mundo lindo vê
assinado em duas cores: Amor. Gratidão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu, escritor bobo que sou, ouso
ainda mais. E violo a obra daquele pintor. Rabisco ainda no verso da tela e
sobrescrevo as dores da vida, pinto forte e bem profundo, assino minha história
contada sobre essa obra magnífica: A amizade é a base para qualquer laço. Não
importa a mutação do sentimento, ela estará presente nos mares que nos detém.
Voe bela sintonia e crie histórias e brilhantina. Sonhe e faça sonhar. Viva a
realidade do seu mundo a pintar.</div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-11921340535362994442014-09-09T08:27:00.003-03:002014-09-09T08:27:37.841-03:00Um Conto (Abstrato) do Almejar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCDwOoE9WjqQ00TIS5FNYSUCPtgHj77-N5Fig8gx_6cepRDfd3ziI9zaZfsylXm3Hi8UUOGiHBPey0RzfRs97O9Q5yNJeQ6XwFEvcJy-48zbTy2EyIySUI3TXeYSBqqkFOG1hoH1LBmsA/s1600/windy-day-wallpapers_968_1600x1200.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCDwOoE9WjqQ00TIS5FNYSUCPtgHj77-N5Fig8gx_6cepRDfd3ziI9zaZfsylXm3Hi8UUOGiHBPey0RzfRs97O9Q5yNJeQ6XwFEvcJy-48zbTy2EyIySUI3TXeYSBqqkFOG1hoH1LBmsA/s1600/windy-day-wallpapers_968_1600x1200.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Foi-se o tempo de uma era incerta, foram-se os versos de frases concretas. Detalhes a vista de uma vida finita divertem-se no balanço do meu quintal, a grama verde reluz o Sol e a árvore que plantei segue crescendo.<br />
<br />
Os teus olhos cintilantes bordaram os meus cristais. Sois belo, puro, leal; sois vida, vitral. Correndo contra o vento à beira mar, gritando pro Sol a alegria a compartilhar, caindo a noite... Luau; caindo a noite...<br />
<br />
A marcha da vida nunca teve melodia. Sem premissas, se objetiva viver. A marcha da vida nunca teve melodia, sem ânsias e expectativas, movemos o nosso ser.<br />
<br />
Contamos um, dois, três. Podem passar mais e renascermos um pouco depois, trocar os hábitos e os jornais. Trocar os programas de TV... Passou 4, 5, 6... Quiçá compartilhar de novas paisagens, ventos e harmonias, quem sabe então cantarmos juntos uma melodia.<br />
<br />
A marcha da vida nunca teve melodia. Cante comigo a sua autoria! Sem almejar mais nenhum futuro, "<i>carpe diem", </i>assim disseram, "<i>carpe diem"</i> assim fizeram. Não sejas só mais um dia, mas não nade em agonias de amanhãs que não sabemos. <i>"Aquilo que foi e que será, e até mesmo aquilo que é, não somos capazes de saber, mas quanto àquilo que devemos fazer, não apenas somos capazes de saber, como também o sabemos sempre, e somente isso nos é necessário.¹"</i><br />
<br />
Não se preocupe com o amanhã, jamais! Meu hoje será teu, já que o teu hoje é meu. E sendo nosso hoje, o faremos digno de sê-lo amanhã. E enganamos essa vida sem harmonia, louca, minimalista, cuidadosa e medrosa e pularemos ondas de alegria. Ainda que eu não saiba nadar.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>¹ Referência a Tolstoy</i></div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-52727475192061915462014-01-26T15:11:00.001-02:002014-01-26T15:11:59.586-02:00Memórias de Nós Dois<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlpELRAR_pGYtibg3MuOGNA7pkEmp3yJdZT5Cva_iLdW9NFEZQOo43PsSD4nyZbg5sKOyEmIhHgaNtolGaLZd2TmDX73W3wrrADywG8YEC6E6lcUNcGHjLiuFbKBCfOZmswwxSVxK6Te4/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlpELRAR_pGYtibg3MuOGNA7pkEmp3yJdZT5Cva_iLdW9NFEZQOo43PsSD4nyZbg5sKOyEmIhHgaNtolGaLZd2TmDX73W3wrrADywG8YEC6E6lcUNcGHjLiuFbKBCfOZmswwxSVxK6Te4/s1600/2.jpg" height="305" title="eRick" width="400" /></a></div>
<br />
Sopra vida em minhas vestes de solidão<br />
Nesta estrada ladrilhada entre muitos que vem e vão<br />
Alguns são de lata, outros só olham pro chão;<br />
Alguns são de feno, outros esparramam a gratidão<br />
<br />
Das árvores secas que caem ao meu lado,<br />
dos ventos uivantes que gritam desesperados...<br />
Da vida mórbida de uma noite finita,<br />
trouxe você a minha cena híbrida<br />
<br />
Sopraram estrelas douradas em meu céu nublado num dia quente de verão. Trouxe-me seus cantos e encantos e por fim a gratidão. Não era esperado que um dia soubesse eu que das tuas vestes provaria; não era propósito que de tão longe viria. Ainda que de tão perto.<br />
<br />
Contei minutos, horas, dias; contei dilemas e calmarias. Meu oceano de glórias e derrotas eu não soube cuidar. Mas viestes tu, <i>Poseidon</i>, a me acalmar. Mostrar-te-ei as heranças do meu mar, cuidar-te-ei, ó, riqueza do meu lar.<br />
<br />
Caminhando nessa praia de nós dois, uma garrafa perdida a onda trouxe, corri pensando um gênio ter encontrado, mas desmaiei profundo dentro dela quando <i>Cupido</i> me a entregou. Ah!, Afrodite, que belas letras me enviou.<br />
<br />
E dessas linhas rabiscadas e alternadas eu saberei cuidar. Viajarei os sete mares pra junto de ti estar, mergulharei tão profundo nas tuas águas como nenhum <i>Odisseu</i> jamais fez. Enfrentarei os deuses das eras sombrias e cantarei valsas de alegria. Flutuaremos na esfera de nós dois, com um mundo, um espaço, uma galáxia que sois.<br />
<br />
Chamemos Freya, Arianrhod e Ain, e todos mais aqueles que lhe convém. Só quero mesmo é que seja linda a nossa ida, infinita, implacável, de vida. Com muito amor e simbolismo a nossa volta. Com muitos versos perdidos em linhas tortas. Versos esses que me conta, versos daqueles que me encontro...<br />
<br />
Encontro um mar estrelado de um lindo céu azul, com uma Lua de Sol, onde nasce um grande amor, onde os pólos se encontram... Eclipse de nós dois, junção perfeita, inseparáveis. O amor, um e dois.
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-56596407683186218542013-12-23T22:30:00.001-02:002013-12-23T22:30:04.068-02:00Ecos do meu Coração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBGr8IzdIPYH5j21JktbQLq9-i2tvwiOZUlvucI4GvTs5gTAMjTJp-Kssw4-YabO5EgDL98hUpVnFGybAOmlH0zqwICEhoQBISmmiXxwybUACiWTFeZLYOiyMS5WBwJyb3aHb6teG941w/s1600/146571__moonlight-serenade-mark-daehlin-forest-lake-light-house-night-moon-moonlight-painting_p.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBGr8IzdIPYH5j21JktbQLq9-i2tvwiOZUlvucI4GvTs5gTAMjTJp-Kssw4-YabO5EgDL98hUpVnFGybAOmlH0zqwICEhoQBISmmiXxwybUACiWTFeZLYOiyMS5WBwJyb3aHb6teG941w/s400/146571__moonlight-serenade-mark-daehlin-forest-lake-light-house-night-moon-moonlight-painting_p.jpg" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
Ouço o vazio do meu coração<br />ecoando pelas escadas, descendo o corredor<br />Numa noite cega; brilha a Lua atrás das nuvens<br /><br />Minha árvore secou<br />e ainda colho os frutos caídos<br />no chão do meu mar vazio<br /><br />Estúpida sensatez que aflora em meu estômago<br />Louca, minimalista, me prendi entre as paredes<br />Coração vazio, seco, sem frutos<br /><br />Vive a flora dos meus sonhos<br />Inquieto o silêncio sai pela janela<br />Morre então, explode num grito, dá vida a minha vida.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-23874875809966439112013-03-01T23:31:00.003-03:002014-04-29T01:31:04.615-03:00Canção de Mim Mesmo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMUzdGWwY4Q4Rndl8ZGnCjbTCmGM4mgyjyTHrEqHYK0ibYmFFjazg0xKUQkSk2uDZuEQv5_uDQkyrdrFkzI7ye7mesomI2aKXZgeVOqXlFfRrkrh14MyACamjJFPBI_5Ep5fWsZSif02U/s1600/sunset.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMUzdGWwY4Q4Rndl8ZGnCjbTCmGM4mgyjyTHrEqHYK0ibYmFFjazg0xKUQkSk2uDZuEQv5_uDQkyrdrFkzI7ye7mesomI2aKXZgeVOqXlFfRrkrh14MyACamjJFPBI_5Ep5fWsZSif02U/s1600/sunset.jpg" height="285" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Eu celebro a mim mesmo, </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">
E o que eu assumo você vai assumir, <br />
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você.<br />
<br />
Vadio e convido minha alma,<br />
Me deito e vadio à vontade... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">observando uma lâmina de grama do verão.<br />
<br />
Casas e quartos se enchem de perfumes... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">as estantes estão entulhadas de perfumes,<br />
Respiro o aroma eu mesmo, e gosto e o reconheço,<br />
Sua destilação poderia me intoxicar também, mas não deixo.<br />
<br />
A atmosfera não é nenhum perfume... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">não tem gosto de destilação... é inodoro, <br />
É pra minha boca apenas e pra sempre... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">estou apaixonado por ela, <br />
Vou até a margem junto à mata sem disfarces e pelado, <br />
Louco pra que ela faça contato comigo.<br />
<br />
A fumaça de minha própria respiração,<br />
Ecos, ondulações, zunzuns e sussurros... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">raiz de amaranto, fio de seda, forquilha e videira,
<br />
Minha respiração minha inspiração... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">a batida do meu coração... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">passagem de sangue e ar por meus pulmões, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">o aroma das folhas verdes e das folhas secas, <br />
da praia e das rochas marinhas de cores<br />
escuras, e do feno na tulha, <br />
O som das palavras bafejadas por minha voz...<br />palavras disparadas nos redemoinhos do vento,<br />
Uns beijos de leve... alguns agarros... o afago dos braços,<br />
Jogo de luz e sombra nas árvores <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">enquanto oscilam seus galhos sutis,<br />
Delícia de estar só ou no agito das ruas, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">ou pelos campos e encostas de colina,<br />
Sensação de bem-estar... apito do meio-dia... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">a canção de mim mesmo se erguendo <br />
da cama e cruzando com o sol.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 16pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><i><br />Canção de Mim Mesmo,</i></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><i>de Walt Whitman</i></span></div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-1962703477236547562013-02-05T23:50:00.002-02:002013-02-06T01:31:14.012-02:00O Amor e o Ódio<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i2.photobucket.com/albums/y31/supremoon/oamoreoodio_zpsedcaef71.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="http://i2.photobucket.com/albums/y31/supremoon/oamoreoodio_zpsedcaef71.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<i>Cena 1: Entra o Divino. Dirige-se a mim e diz:</i></div>
<br />
Outrora ventos a soprar, outrora mortes a contar.<br />
Aqui jaz o Amor. Cinzas.<br />
<br />
Soprei vida em tuas margens, bordei suas panaceias<br />
Minhas linhas em tua carne está, minha vida na sua a restar<br />
<br />
Uivam os ventos daquele morro, bate à minha janela o grande lobo<br />
Feroz e raivoso, os outros assim o veem. Inocente ele é.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>Cena 2: Sai o Divino. Entra o Malfazejo.</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Do Amor, as cinzas restou; dele, levo a dor. Dos seus caminhos nada desenhados, do seu futuro borrado. Seus mil olhos não puderam ver; cego, coitado, não quir viver. Sua vitalidade é nenhuma. Sua história é inuma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ó, amores de tão belas vistas, viestes tú visitar o reino das agonias. Não desperdices tuas dramaturgias!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Cena 3: Sai o Amor e entra o Ódio</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">(No inicio dos tempos)</span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Num campo vasto e reluzente brincavam dois seres especiais, suas magias eram transcendentais. Um dia, sem motivo aparente, o Divino desceu dos céus. Repousou em vestes novas e saiu ao campo a plantar. Não houve fertilidade, porém. Não houve encantos também. Houveram apenas olhares e buscas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Divino então falou:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Das sementes que vos dareis, destas que lhes mostro não planteis.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Num dia belo de primavera o Amor plantou uma semente. Sem saber o que cresceria, a regou todos os dias. No último dia a regar, entretanto, chamou o Ódio a um canto:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Das minhas vestes sairá discórdias, não explico-te por hora, mas recompensas terás e por tanto a minha semente, hoje, regarás.</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Destruição, rancor, mofino. Lamentação... Clamou ao Divino. Desce o mais belo ser. Com trovões e raios descontrolados, atira contra aquele ser calado. Atirado aos pés daquela flor que brotara, consumindo por escuridão que dela gritara. Correndo rápido pelo campo, voa o Divino e resgata o Amor; ele abraçado chora toda a dor. Daquele dia em diante, vive o Ódio errante, abandonado pelos erros alheios, enquanto o amor seduz o Divino com seus veraneios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Cena 4: À Eternidade de Dor</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Dos céus mais límpidos e azuis, dos brilhos eternos de luz</div>
<div style="text-align: justify;">
A dor que ali foi plantada, nunca - jamais - será curada</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, Deus da Eternidade, juro-te que sofrerás</div>
<div style="text-align: justify;">
Não por mim ou por Ódio, que era teu amigo, mas sim por teus atos que mostraram-se inimigos</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Viverás a dor dos encontros e dos segredos escondidos</div>
<div style="text-align: justify;">
Plantarás inúmeros amores e colherás rios de dores</div>
<div style="text-align: justify;">
Não viverás Amores Eternos e não encontrarás paz em teus ardores</div>
<div style="text-align: justify;">
Dentre muitos que surgirão, porém, deixarei-te com alguns frascos de beleza</div>
<div style="text-align: justify;">
Pois deles precisarás para viver e então com este dever cumprir</div>
<div style="text-align: justify;">
Perderás sua perfeição e o Ódio então saberá que, um dia, poderá te perdoar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Cena 5: O Ódio</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">(Nos tempos atuais)</span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
É inverdade que não sou o bem. É impuro aqueles que me mantem. Sou do campo um ser liberto, sou das vestes a incerteza do Amor, o medo de plantar. Sou as teimosias daquele que me traiu. Eu, porém, amei um dia. E deste dia não pude lembrar, minha memória foi apagada, minha história foi borrada. Daquele raio que vivi, daquele tormento que levei, minha alma foi esquecida. Já não tenho mais lembranças de um campo perfeito. Se as tenho agora, vos contarei outrora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">(No meio dos tempos)</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vivendo minha vida injustiçado, caminhei perpetrado. Eis, porém, um dia que alguém à mim olhou, tocou meu rosto e então soprou. Minhas alegrias retornaram e o encantador então eu pude ver. Caminhamos alguns milênios e muito lamentação começou a surgir. Seu nome era Beleza. Mas ela já não queria mais viver e dizia guardar grande rancor, contou-me histórias de muita dor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Beleza era muito bem amada, todos a admiravam. Suas histórias nem sempre eram tão belas, vivia dizendo que por trás do nome muitas peripécias estavam guardadas. Antes de morrer disse sabiamente:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Não há paisagens tão belas e tão puras que não guardem segredos. Não sou perfeição, apesar de ser assim modulada. Não engana-te com vestes lindas, procure bem mais fundo. Cave um terreno vazio e plante ali, assim poderás ver os frutos que darão.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Sua morte então explicarei.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Cena 6: Aqui Jaz a Mentira</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Próximo ao momento sublime ela chegara e quando se está próximo dos Céus as inverdades caem. Logo caiu uma parte de seu corpo, eu tentei colocar no lugar, mas percebi que aquele nome não era nativo dali. Vi faces e faces, entrei em frenesi. Do meu amor secular, uma mentira restou. Abri em dor. Dos meus campos belos, veio o Amor. Dos meus campos puros, veio a dor. Do meu esquecimento, um alguém. Das minhas impurezas, a Beleza.<br />
<br />
O Amor tentou concertar, num tiro cego me levou direto ao altar. Suas dúvidas e medos trouxeram ilusão, mas no fim sobrou apenas a razão. Uma vida de eternidade ele não pode aguentar, sua semente acabara de brotar. <i>Fui enganado mais uma vez. O que eu fiz, Divino?! Expliqueis!</i><br />
<i><br /></i>
Daqueles versos bonitos que compusemos, todas as linhas foram rabiscadas. Minha memória foi regenerada. Sofri indubitavelmente, eu sei. Não foi culpa minha, o Amor deixou tudo passar. Eu absorvi os medos e amarguras, as dores do mundo. Não pude mais habitar, tive que me isolar. Beleza então surgiu para me cuidar, assim sozinho eu nunca mais iria estar. Mas Beleza revelou-se ser Amor, disfarçado, acanhado, cheio de dor. <i>Perdoo-te, Ó, errante meu. Aquela semente maldita já não eterniza os carinhos meus. Serás Eterno enquanto dure e eu estarei sempre acompanhando seus passos. Não deixarei jamais que alguém interfiras e por ti loucuras eu farei. Não saberás a dor dos sonhos perdidos, por Amor e para o Amor eu entrarei em guerra.</i><br />
<i><br /></i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>Cena 7: As Cores Se Confundem</i></div>
<br />
Depois de narrar incertezas da história, o Divino me disse que o Ódio foi sempre Amoroso. Não soube bem interpretar, mas percebi que o Amor pode enganar. As vezes sementes de angústia crescem entre belas flores. Hoje já não sei mais sentir Amor ou Ódio. Os dois pólos se perderam. Não me resta nomear aquilo que, no mundo dos humanos, chamam sentimento. Tolos, inocentes, não sabem que Amor e Ódio um dia viveram.<br />
<br />
Não arrisco usar tais nomes para fins sentimentais; o Divino me ensinou que devo tornar tudo abstrato. Hoje pinto a minha tela a minha maneira. Deixei os Campos e vivo nos Céus. Voo como um pássaro liberto que pousa em nuvens e sobrepassa ondas. Sou um eterno infinito de mim e, lá no fundo, lembro do Amor e do Ódio que um dia viveram. Faço deles um eu em mim. E vivo aquilo que me nomeio. Vivo aquilo que me faz. Aquilo que me move. Que não precisa nomear. Que não se descreve.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>Cena 8: Um Nome Em Segredo</i></div>
<br />
A Beleza negou suas virtudes e me ensinou a olhar o Amor, enquanto esse me ensinou que o Ódio tem origens e que ele pode não ser o culpado. Por último, ele me ensinou loucuras e esperanças, me ensinou inocência e turbulências. Uni tudo e criei um novo sentimento, mas ele se basta a mim. E a quem me toca. E a quem eu permito. No fim, volto a Cena 1 com a morte do Amor. E, acrescento que, depois dele, surge um novo ser especial, mas desta vez a história não saberá o nome de tal magia, assim não terá sementes para plantar. Aqui jaz um nome. E suas Cinzas tornaram-se minha Fênix. Eternamente minha.</div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-58086045216493182342012-04-07T21:38:00.004-03:002014-04-29T01:19:25.738-03:00Poeiras de um Sábado Qualquer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7uw-2ptcX77Jf4GKg36fHs91h1ZJBThBEJN4-Mb7XJjc1DNOfFc41nXZh2TWgfIArorOYSzgKR4XShslz8MM3CRzI_rR1hRUDJwNChhmM-CnU8fxUeHkgP72APf9MpCdK7O1CmR1gczc/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7uw-2ptcX77Jf4GKg36fHs91h1ZJBThBEJN4-Mb7XJjc1DNOfFc41nXZh2TWgfIArorOYSzgKR4XShslz8MM3CRzI_rR1hRUDJwNChhmM-CnU8fxUeHkgP72APf9MpCdK7O1CmR1gczc/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
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<br />
Doce sonho, eterno sonho, não se inspire em mim; meu corpo que em tu já não imagina mais.<br />
<br />
Dos cubículos que me destes, nenhum dos sonos perdidos foi-se solitário, nenhum conto encontrado fez-se amargo. Jamais pesadelos vividos nesta fantasia recorrente.<br />
<br />
Inspira-te em livros que leio agora e que dizem que <i>"entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer." ¹</i><br />
<br />
As vitórias teu corpo conta e das felicidades tuas almas são grandes sábias. Destas vestes que dominas, destas histórias que não contas... Vitórias entre paredes. São tuas!<br />
<br />
Ó!, doce criança, não eternizes noites frias e desérticas. Aprendas, tu, a regozijar este corpo teu de esperanças no amanhã. Vejas a Lua lá fora, ainda que ela, lá, não esteja. Imagina-te banhado ao Sol, renascendo.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: xx-small;">¹ Franz Kafka</span></i></div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-44535630230513515882012-02-03T15:30:00.000-02:002014-04-29T01:20:44.420-03:00Contos de Eric Lima – Parte V<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicMTPp3ICC1ZRmarUgP1lIwxRDOMcxtAg0KlmNkzaEEFd5I3hMjwpgshXra4fxJqzXF7wY6Sg7kVihr1V1jWHDC1_lcBWBIlYnz4fIbaZn_iW9chalPM5B6Gc17xnBr3ORY4O7jAYzCno/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicMTPp3ICC1ZRmarUgP1lIwxRDOMcxtAg0KlmNkzaEEFd5I3hMjwpgshXra4fxJqzXF7wY6Sg7kVihr1V1jWHDC1_lcBWBIlYnz4fIbaZn_iW9chalPM5B6Gc17xnBr3ORY4O7jAYzCno/s1600/1.jpg" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Prólogo<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A minha vida tem seguido como um Oceano de segredos, no qual se mergulha profundo e podem-se encontrar tesouros que já não valem mais. Há alguns (muitos) meses eu segui minha própria jornada, num barco pequenino, cheio de emoções. As ondas eram serenas e o meu Sol sempre brilhava forte. Segui a minha vida, segui os meus desejos,. Entreguei o mais íntimo de mim e nada em troca pedi. Apenas fui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O Oceano é muito grande, e numa outra onda eu esbarrei, logo meu barco pequenino se transformou num grande navio. Ali se festejava todos os dias e noites; o céu era iluminado não só pela Lua, mas também pela felicidade que explodia até além do horizonte. Os olhos não podiam enxergar, pois o brilho do Amor era tão forte que cegava qualquer um que tentasse, entretanto criamos uma nova maneira de viver a nossa vida, sentíamos e víamos tudo apenas com o coração e seus sentimentos mais puros e belos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A Lua eu sempre desejei. Era tão maravilhosa e doce. Daqueles raios muito me banhei. Ele do Sol gostava mais e, assim, nos completávamos em nossos contragostos. Tudo era impecável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Vivi muitas batalhas, mas contei muitas vitórias. Dos erros muitas aprendizagens. Até que, um dia, sem qualquer explicação. Aquela onda grandiosa que mergulhava junto comigo saltou do navio. Pela noite, enquanto eu dormia, ela mergulhou nas ondas alheias. Eu não soube e não poderia adivinhar, mas a Lua estava lá e me contou tudo alguns meses depois. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Histórias de um Luar<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Contou-se muitos ventos em minhas histórias, contou-se muito de mim nas histórias de um outro alguém. Contei muito a mim mesmo que já não me pertencia a mim, contei muito aos céus que um arco-íris eu podia pintar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nos últimos tempos tenho plantado num campo verde com sementes promissoras, peguei um sol e o amarrei no meu céu, juntei algumas nuvens e as fazia transitar por ali as vezes. A lua eu sempre pintei com estrelas ao redor; a noite só se fazia noite porque ela estava ali.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Meu campo começou a se revoltar contra mim, não sei ao certo o que havia de errado, mas minhas plantações não geravam frutos. A minha vida eu deixei se revoltar e acabei por perder o controle. Haviam muitas placas indicando o caminho, mas risquei todas elas e simplesmente me ceguei aos céus. Com o tempo pude saber que aquelas sementes não guardavam fantasias, mas sim aquilo que era real. Não poderia eu tentar criar um sol ou ventos refrescantes, elas precisavam apenas de um pouco de realidade para poderem crescer firmemente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Os últimos tempos não tem sido promissores, deixei de ser agricultor e passei a ser um contador de histórias. Desliguei-me daquilo que eu sempre quis fazer e me perdi em seduções do maravilhoso. Hoje tenho contado muitos contos e crônicas, meu corpo tem sido uma tela de poesias; falo muito do mundo alheio, mas esqueço a mim mesmo. São tempos difíceis, tempos de batalhas intensas, mas me percebi em mim e não me entregarei aos montes de canhões invencíveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Entro numa batalha infinita e acabo perdendo muito das rosas que estavam nascendo naquele meu campo tão desejado. Eu o queria florido, feliz. Mas minha tempestade quebrou muitas das minhas rosas; na verdade ela quebrou todo o meu palácio de beleza. Não é um lamento, mas não posso mentir e preciso dizer que é uma das maiores tristezas já vividas, apesar de que não sei se é assim porque eu assim o conto ou porque a minha realidade assim reflete. É uma dúvida insana que explode dentro de mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">À Eternidade<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Entre as dores do prólogo explicado, deixei o Oceano e fui plantar. Não é verdade que não o amo, pois o desejo com todas as forças do Universo que me banha. Mas a minha onda foi quebrada e persistir me levaria apenas a um mar desconhecido no qual eu deveria muito navegar e, lá na frente, com problemas comuns, ele se entregaria a ondas mais que não as minhas. Contei três vezes Ilhas desconhecidas na qual ele pisou; não há mais espaço para dores em meu coração. Ele já não enxerga mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Depois disso, me tornei agricultor. A Lua contou. Mas, não quero perdê-lo de vista, apesar de todos os erros nos amamos. Mas um amor louco que sempre busca brechas. Por isso, me fundi a Lua. E ele, ao Sol. Hoje passo as minhas noites plantando para que durante o dia ele possa vir com os seus raios e aquecer os meus frutos e, assim, o faço presente em minha vida. Não o quero longe, mas não o sinto tão perto como antes. Ele se afastou antes que eu pudesse pedir pra que não fizesse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Minhas flores choram demais. Minhas raízes estão presas nas ondas dele. Meus frutos nascem felizes, mas minha Lua não o encontra no céu. Somos dois que deveriam viver em um. No eclipse nos encontramos.<o:p></o:p></span></div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-400761136276326832012-01-29T00:09:00.004-02:002014-04-29T01:21:21.178-03:00Um Verso Assassino<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCc0baiQgVkDm9vM7p1C2AzrtsXCQpNGcTim9zR93tux6aL7xhXVgeJ77vCIQqgg6_Up70CAsxGVwb8zQcsyr78yu5VoUUTeRsVcN7KaopUKEzoekjWQpE5vuAtuT7Fgw2-2zjnbYY3y8/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCc0baiQgVkDm9vM7p1C2AzrtsXCQpNGcTim9zR93tux6aL7xhXVgeJ77vCIQqgg6_Up70CAsxGVwb8zQcsyr78yu5VoUUTeRsVcN7KaopUKEzoekjWQpE5vuAtuT7Fgw2-2zjnbYY3y8/s1600/2.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
Meus sonetos contam minha vida<br />
Meu coração escreve cada refrão da minha melodia<br />
Sangro minhas felicidades, sangro minhas dores<br />
<br />
As cores mais belas criei,<br />
os suspiros mais profundos te dei<br />
Te fiz meu mundo e mergulhei<br />
<br />
Minha árvore chegou a Primavera<br />
Dos seus galhos muitas flores nasceram, muitos frutos morreram<br />
Do seu tronco muitas marcas surgiram<br />
<br />
Meus poemas são quase que um grito<br />
Minhas escritas se tornam um atrito<br />
Fujo da realidade, sou a queda de um meteorito<br />
<br />
A Terra completou uma volta completa,<br />
mais dois meses se passaram<br />
Algumas angústias restaram<br />
<br />
Meu soneto foi borrado por um refrão malcriado<br />
Ensinei tantas vezes, mas ele foi desgraçado<br />
Lutei em vestes brancas, estou todo manchado<br />
<br />
Foi-se belas harmonias, foi-se bela melodia<br />
As minhas mãos carregam amor, o meu corpo treme como um tambor<br />
Minha razão já não funciona mais<br />
<br />
Ó histórias incriveis de minha vida<br />
Por que criar um refrão tão indigno a nós?<br />
Dois, um, dois; você e eu; você, eu. Ainda assim nos confortando.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-21840095884888726882011-12-21T22:31:00.002-02:002014-04-29T01:21:55.399-03:00De Você, um Eu de Mim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDwhR28UAYSNOJ59z_LdgMKutbqVA-trAUz5dM-9th-913Fbfy20YewqPiGe7nbaXDUdiE74d3aTk9GdItjw3CxmpSksH_cGafq9jEFk6KtRo_RifYysxR-7sOLCLxECEJCFZiSxNMqmY/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDwhR28UAYSNOJ59z_LdgMKutbqVA-trAUz5dM-9th-913Fbfy20YewqPiGe7nbaXDUdiE74d3aTk9GdItjw3CxmpSksH_cGafq9jEFk6KtRo_RifYysxR-7sOLCLxECEJCFZiSxNMqmY/s1600/5.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Sonha a dor de tempos malditos<br />
<div class="MsoNoSpacing">
Chora a dor de tempos perdidos</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Canta os gritos do Amor Maior</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Soa os ventos do meu último Dó</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Sou uma criança de uma colheita feliz</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Sou as raízes de uma mediatriz</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Vivo as terras do meu olhar perfeito</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Brinco os risos de um sorriso estreito</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Não sou imperfeição e dor</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Não são lamentos de um horror</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Faço-me feliz ao te cuidar</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ainda encanto-me no teu olhar</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
És de mim meu bem maior</div>
<div class="MsoNoSpacing">
És de mim um eu sem nó</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Esquecido nunca serás</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Do meu lado, pra sempre, estarás</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Não correr um do outro jamais</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Não temer o futuro, advirtais</div>
<div class="MsoNoSpacing">
E nunca, jamais, finalizar a nossa ida</div>
<div class="MsoNoSpacing">
E infinitamente erguer a nossa vida</div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-14524925063169996772011-12-05T23:35:00.000-02:002014-03-09T17:56:30.040-03:00Uma Eternidade de Amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img src="http://static.tumblr.com/n0nhwrz/I4Elzwx6b/precipicio__2_.jpg_thumb.jpg" /></div>
<br />
Num momento inespecífico da história dois grandes símbolos se encontram. Seus nomes chamam Eternidade e Amor. Contam-se breves palavras trocadas por eles, mas contam-se muitos momentos vivenciados a partir deles:<br />
<br />
Chegou ao precipício e perguntou:<br />
<i>- Se eu cair, chegarei ao fim?</i><br />
<br />
E ele, rapidamente, respondeu:<br />
<i>-Não! Não há fim!</i><br />
<br />
E então, serenamente, o Amor se jogou. Criou-se o Amor Eterno.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-39270946496065933682011-11-21T12:14:00.000-02:002011-11-21T12:14:32.560-02:00Um Deserto de Você<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH-NgKrc5LGvx_lknsCF1pOSr5K6CxptucLv7j7GrwmAmLzB1PZrKnVMC9EKd-5XVUw9MaeKftLZfVSIG8gAEbAYy5natbxVG1dgM6X0wM037P3ttjFHpwwuGszMvjgRBvi9oWGrj7Qok8/s320/abstract_heart_wallpaper.jpg" width="320" /></span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Uma rosa de céu nublado se abriu hoje</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Frenesis de um camaleão brotam em mim</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Meu corpo todo é mutilado, todo o meu corpo é moldado</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Das minhas raízes tú já não brotas mais,</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">das minhas terras o novo eu sabe do que sou capaz</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Sou de mim um eu que vive em você</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Sombras da Lua caem em meu jardim, minha rosa exala você</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Num querer, num morrer, num novo nascer, você</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ser humano que já não suportas mais</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Sou extraterrestre de mim mesmo, e te roubo em mim</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Sou dum mundo de nós dois</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Sou dos desertos solitários um oasis de albatroz</span></div>Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-7329952532380216792011-11-16T23:04:00.001-02:002014-04-29T01:23:46.179-03:00Fragmento de Uma Eternidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg57EZ9fqgYv5ogV3d5x9LaKVNCQAq7m-nKtETJgFRgW3nAQqT-GfiAJIZqONvKu1EN2KCJCpf17RsffsLWFj00tLmeF1pm_ir5lDpYnRnUTHvPA__FQ0catBkYypPPN5Q1FlcQKSpsrBE/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg57EZ9fqgYv5ogV3d5x9LaKVNCQAq7m-nKtETJgFRgW3nAQqT-GfiAJIZqONvKu1EN2KCJCpf17RsffsLWFj00tLmeF1pm_ir5lDpYnRnUTHvPA__FQ0catBkYypPPN5Q1FlcQKSpsrBE/s1600/7.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Conta-se um fragmento acerca de um homem de jovens histórias, mas com um coração cheio de antigos amores. Mortos, coitados. Ele, vivo, porém, achando ter sofrido...</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Há Algumas (Muitas) Horas Atrás<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sou feito de um tempo corrido, um tempo sereno; sou pétalas de rosas caídas, sou chamas de um fogo ardente. Nos últimos tempos tenho tentado criar peripécias, pois o meu corpo já não as produz mais; tenho morrido a cada dia e tenho tentado sobreviver a cada minuto deles. Sou feito de um vulcão gélido, de uma paisagem negra; sou o fruto proibido, mas meu veneno foi dissipado. Sou a sintonia de um esqueleto em uma lápide esquecida.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Ele, agora, vivido, louco de amores e sentidos...</span></b><br />
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><br />
</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Há Alguns (Poucos) Minutos Atrás<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Meu coração bate memórias que parecem se eternizar. São sonhos loucos e passageiros e ligeiros, batem forte contra a minha cabeça e parecem insanos saltando dentro de mim. Meu coração bombeia algo que não tenho reconhecido mais e minha mente tenta decodificar as mensagens levadas por ele. Os anticorpos não são mais uma solução necessária, descobri que não posso combater a mim mesmo.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Guardou-se histórias contadas ao vento, seus fragmentos caíram ao lado da minha cama. Eu os li, os engoli. Abri aquele corpo e descobri que não havia um, mas sim dois. Viviam dois naquele coração feliz. No verso da escritura havia uma nota:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Somos como uma labareda infinita e que por mais que pareça morrer, nunca deixará de existir. Somos as Cinzas dessa mesma labareda e se um dia nos apagam, como Fênix renasceremos. Nossa história é mais que um fogo ardente, são histórias de dois corações interligados que queimam um único amor juntos e ao final morrem para poderem então renascer. Somos uma novidade a cada Cinza que renasce. Somos um. E isso resume tudo. Tudo.<o:p></o:p></span></i></div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-32445818108306920912011-09-23T00:43:00.002-03:002014-04-29T01:24:21.724-03:00Fragmento de Uma História<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN1T_fWugC82OUI8HHk-dHthS0HE-asPVhsh1QrtBy5HpyVkPVi5eDiCmH6YigtJHBdd318xzg5dPpBTC4vBNvEW5VRHNJwkjCqj5b7JCneP2tsSSRNM0Ul8x4aoMp1p4oQBZKwnLGpj4/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN1T_fWugC82OUI8HHk-dHthS0HE-asPVhsh1QrtBy5HpyVkPVi5eDiCmH6YigtJHBdd318xzg5dPpBTC4vBNvEW5VRHNJwkjCqj5b7JCneP2tsSSRNM0Ul8x4aoMp1p4oQBZKwnLGpj4/s1600/8.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
As folhas secas despertam a primavera que há lá fora. O mundo gritou meu nome, mas eu não soube responder. Os ventos surgem mais fortes que antes e eu acho que posso correr nas ruas. Elas são solitárias e agora a noite cai, não sei dar espaço ao tempo e não sei dar tempo ao espaço, logo faço a união das minhas linhas e as interligo em mim. Vivo como um passaro que canta meus bens, canto minhas histórias pro Sol ouvir; agora que a noite me acaricia, eu sento à beira da rua e deixo meu olhar adentrar profundamente a Lua; como é bela!<br />
<br />
Há muito vento por aqui e as nuvens da manhã se esconderam. Há um belo céu estrelado e me banho em gratidão. Não sei ao certo a que sou grato, mas me sinto dominado pelo espirito noturno.<br />
<br />
Ouço uma melodia ao fundo que me balança em seus braços, não me dedico a entender o que se é dito, meus pensamentos se concentram em jorrar as letras que agora escrevo. Não estou em um mundo épico e não estou num mundo tonto, estou aqui, estou ali, estou lá em baixo, estou lá em cima, estou no meio, estou. Apenas estou.<br />
<br />
Eu poderia dizer que sou as correntes de um mar uivante que grita por suas conquistas e suas derrotas. Já engoli muitos navios e os guardo eu meu museu. Eu sou gelo e sou, também, fogo ardente. Eu sou o Sol que morre em mim e sou a Lua que nasce aqui. Mas no fim, não quero fazer com que pensem que sou tão somente esse mar uivante. Resumo a dizer que sou eu e que sendo eu me sinto em mim.<br />
<br />
Um fragmento de mim caminha pelo quarto, as luzes estão apagadas e o vento sopra distante. Estou deitado e numa fração de segundo estou em pé. Me sinto triste, mas me sinto honrado. Converso com dois, mas quero um. Me sinto no meio de um grupo que não posso dominar. Sinto que toco muitos e que poucos podem me adentrar, mas ainda assim insisto numa ligação frequente com o mundo externo.<br />
<br />
Dos tesouros que escondi, apenas um eu encontrei. Plantei árvores de segredos e hoje colho frutos de fantasias. Imagino cada passo de mim e sem saber que posso muito acabo por andar um kilometro ou dois. Nado nas minhas dunas e acabo encontrando um oasis; sou águas abundantes em meio a um deserto; sou a necessidade de uma miragem inalcançavel. Sou histórias que não se explicam, sou meios que não possuem inicio e fim, mas que apenas nascem.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-12462782382979704212011-08-17T22:29:00.002-03:002014-04-29T01:26:17.136-03:00Uma Folha Branca de Mim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdvEQ0nQYAxoqr6delFjS8IRktb7VMjeCP9kkOADXw2dAQPbXxBRWefTnTYUPaQPUYRRujMZiCmCTrozU64X4oBoBvFZ9Dg_MCsUJu6l_tYszlV9hvMlchRnIxC5AGquQZvyBnZlq95d8/s1600/9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdvEQ0nQYAxoqr6delFjS8IRktb7VMjeCP9kkOADXw2dAQPbXxBRWefTnTYUPaQPUYRRujMZiCmCTrozU64X4oBoBvFZ9Dg_MCsUJu6l_tYszlV9hvMlchRnIxC5AGquQZvyBnZlq95d8/s1600/9.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
<br />
Brota de mim a ausência de uma folha em branco<br />
Sementes de palavras surgem nas minhas fronteiras<br />
Mas folhas de decepção crescem em minhas veias<br />
<br />
Meu sangue jorra ouro<br />
E minhas lágrimas derramam amor<br />
Minha lápide descreve outro nome<br />
<br />
Minhas nuvens são pintadas negras<br />
Eu as chamo escuridão<br />
Meu lamento é ser eu<br />
<br />
As tempestades eu faço<br />
E com os trovões eu converso<br />
A neblina não me cega<br />
<br />
Sou parte de outro ser que vive em mim<br />
Sou moedas em um cofre<br />
Sou a harmonia de um acorde<br />
<br />
Chamo-me por mim<br />
Mas quem atende é um eu que não sei<br />
Grito suave para mim<br />
<br />
Sou sussuros de partes perdidas<br />
Fui uma flor solitária numa floresta<br />
Sou o Sol de uma manhã fria.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-34792085335530126932011-08-14T10:44:00.001-03:002014-04-29T01:27:39.169-03:00Uma Lembrança de Você<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTKHfn1BBgD-Blq90FdvBVoLpujc6uWze6vJL3jLL9zF72k6rmEFaS1CsQaEqS2SBT3xZlW3X495sS_KA-IC6K8FlcUP8VX2wYkUE6QL-S089qxYeeU0NrBZe_51Qxv3SM-wnCBJSfVik/s1600/umal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTKHfn1BBgD-Blq90FdvBVoLpujc6uWze6vJL3jLL9zF72k6rmEFaS1CsQaEqS2SBT3xZlW3X495sS_KA-IC6K8FlcUP8VX2wYkUE6QL-S089qxYeeU0NrBZe_51Qxv3SM-wnCBJSfVik/s1600/umal.jpg" /></a></div>
<br />
De um mundo ao outro<br />
De abraços a afagos<br />
Sobre um terno gentil<br />
Sobre um véu sutil<br />
<br />
Serenas melodias<br />
com lágrimas corridas<br />
Singelas memórias<br />
de força estrondosa<br />
<br />
Um dia de Sol, com ventos ao redor<br />
Um dia d'Ele de ausência<br />
O coração se recheia de presença<br />
O grito forte chama por Ele<br />
<br />
E lá do céu se ouve responder<br />
E as nuvens desenham o seu rosto<br />
Os belos anos vividos<br />
Um homem, uma família, no coração, Pai.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-49699128610889362102011-07-19T22:36:00.000-03:002014-04-29T01:27:08.657-03:00Se você ama, diga que ama.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpi8zJ7oGmIk0PDPUvbUM5fwbEQ4GWQJzsZSvv9gLlQJeIq164LfxJVKbQ4t1w5PetqL2fInqwgXuZ2kHn659356YsNaOngKPmTQmsXOpyWZC0JM9vwlIKAV3PpxoNXUGI-m-eX2W9aGQ/s1600/sevc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpi8zJ7oGmIk0PDPUvbUM5fwbEQ4GWQJzsZSvv9gLlQJeIq164LfxJVKbQ4t1w5PetqL2fInqwgXuZ2kHn659356YsNaOngKPmTQmsXOpyWZC0JM9vwlIKAV3PpxoNXUGI-m-eX2W9aGQ/s1600/sevc.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Se você ama, diga que ama. Não tem essa de não precisar dizer porque o outro já sabe. Se sabe, maravilha… mas esse é um conhecimento que nunca está concluído. Pede inúmeras e ternas atualizações. Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente no universo. Pra todo mundo. Não perdemos quando damos: ganhamos junto. Quanto mais a gente faz o amor circular, mas amor a gente tem. Não é lorota. Basta sentir nas interações do dia-a-dia, esse nosso caderno de exercícios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você ama, diga que ama. A gente pode sentir que é amado, mas sempre gosta de ouvir e ouvir e ouvir. É música de qualidade. Tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem conseguir externar, sentimos uma vontade imensa de pedir: diz de novo? Dizer não dói, não arranca pedaço, requer poucas palavras e pode caber no intervalo entre uma inspiração e outra, sem brecha para se encontrar esconderijo na justificativa de falta de tempo. Sim, dizer, em alguns casos, pode exigir entendimentos prévios com o orgulho, com a bobagem do só-digo-se-o-outro-disser, com a coragem de dissolver uma camada e outra dessas defesas que a gente cria ao longo do caminho e quando percebe mais parecem uma muralha. Essas coisas que, no fim das contas, só servem para nos afastar da vida. De nós mesmos. Do amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá...</div>
<div style="text-align: right;">
<em>Ana Jácomo</em></div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-24090660526029176592011-07-16T16:18:00.003-03:002011-07-19T22:47:24.262-03:00Contos de Eric Lima - Parte IV<div class="separator" style="border: currentColor; clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-7UCHbjO1WwU/TiHiyPP7RnI/AAAAAAAAANk/4eZbsDIqexs/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" m$="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-7UCHbjO1WwU/TiHiyPP7RnI/AAAAAAAAANk/4eZbsDIqexs/s320/1.jpg" width="320" /></a></div><br />
Sou de mim um alguém que escreve condutas e termos que não sei regrar. Neste Conto não sou a continuação daqueles outros já contados, tampouco sou um excerto de uma filosofia vivida, sou palavras vivas e letras ardentes; apesar de não saber o que venho contar, me ponho a escrever e sinto a brisa me guiar por linhas de uma montanha-russa de pensamentos. Deixo o arco-íris de mim transbordar as minhas cores.<br />
<div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Os últimos tempos tem sido calorosos, apesar de muito friorentos em determinadas etapas. Aprendo a controlar os fenômenos de mim e sem perceber acabo sendo controlado por outro; controlado não é bem a palavra certa a ser usada, já que me completo ao deixar que outra mão guie a máquina de mim.</div><div style="text-align: justify;"><br />
As folhas de minha árvore caíram muito nos últimos meses, hoje elas voltaram a renascer, mas confesso que houve semanas em que pensei que meu tronco seria queimado pelo Sol ardente; ele acalenta, claro, todavia chegou forte demais... Quase não podemos resistir. Aqui eu uso nós, pois já não sou o único em mi, dentro do meu corpo vivem dois. Ou três? Perdi-me na definição daqueles que vivem aqui dentro. Conto um que sou eu mesmo, conto dois que sou outra parte que vai contra a primeira e conto três que é aquele que é externo a mim, mas que se faz tão presente e único que bate forte no meu coração.</div><div style="border: currentColor; text-align: justify;"><br />
Houveram momentos de boas batalhas e houveram momentos de colheitas infelizes. Nas minhas pesquisas, muito faltei. Das minhas rosas, muito cuidei. Troquei o lápis por beijos e me derreti em sabores; a conseqüência é inevitável e sei bem que meses mais serão contatos em minha dedicação final de leitura/aprendizagem.</div><div style="border: currentColor; text-align: justify;"><br />
Entro num grande castelo e me vejo como rei, mas não autoritário ou um deus da razão. Vejo um que fala num idioma diferente daquele que escrevo agora e vejo pessoas que ouvem, mas que dominam as letras que aqui escrevo; elas atentam e absorvem. Sei que daqui a alguns meses serão dominadoras da linguagem daquele rei. Hoje o rei ensina um, pratica três e amanhã ensinará dois, é certo. Num futuro, talvez, três ou mais.</div><div style="border: currentColor; text-align: justify;"></div><div style="border: currentColor; text-align: justify;">Os coros da minha vida são muitos, canto nuvens e estrelas, canto águas e cachoeiras, canto vozes de desejos que um dia se cumprirão. Grito forte contra o céu, quero expandi-lo acima de mim e para mim.</div><div style="border: currentColor; text-align: justify;"><br />
Sou incertezas entre versos. Sou escrita orgulhosa, sou escrita certa, sou escrita imprecisa, sou dono de rimas, ainda que não as saiba interligar; escrevo aqui aquilo que não sei, não leio antes para os excertos combinar, escrevo apenas tudo que minha mente pode projetar. Chamo-os excerto, pois não são um todo de mim, são pensamentos corridos que se transportam em minha mente, os fotografo rapidamente aqui em minhas linhas. Se os perco, não importa, se os ganho, guardo a memória.</div><div style="border: currentColor; text-align: justify;"><br />
Ligo a televisão e vejo a tela de mim passar, assisto a tragédias e vitórias, assisto a dramas e romances bem vividos. Troco as telas por músicas e meus dias se tornam cantados. Sento ao piano e acaricio as notas do mundo, sem saber manejá-lo, imagino as cores que saltam de sua melodia.</div><div style="border: currentColor; text-align: justify;"><br />
Vivo o amor de um furacão sereno, vivo o amor de um furacão indomável. Os seus ventos são surpresas pra mim, corro dele e para ele, corro com ele e me banho nele. Quase sempre morre em vento sereno e nasce um aconchego inigualável, as vezes se lembra de que é um furacão e causa algumas dores, mas logo as acaricia. Ainda que eu não saiba até onde posso suportar, tenho amado bem. É uma natureza sem fim. Admiro-a em mim.</div><div style="border: currentColor; text-align: justify;"><br />
Nestes versos que muito contei, sempre haverá frases perdidas e parágrafos inteligíveis. Não são pedaços de você ou pedaços de mim, são reflexos do eu que vive aqui e são um todo do amanhã que construo. Guardo as histórias que me conto. Guardo o sangue que trasborda as felicidades e as tristezas de mim. Sou mais que lápis, papel, mais que um feliz extremo de mim. Sou eu, sou único, sou dois, sou três, sou um milhão de incontáveis números que nascem e morrem em mim.</div>Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-48049911485150622762011-06-13T21:53:00.001-03:002013-02-17T20:22:38.415-03:00Relato de Um Coração Que Chora<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-POH4Kvyq55E/USFmL-tV3rI/AAAAAAAABgo/dCJVDrKGW-U/s1600/Relato+de+Um+Cora%C3%A7%C3%A3o+Que+Chora.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="http://4.bp.blogspot.com/-POH4Kvyq55E/USFmL-tV3rI/AAAAAAAABgo/dCJVDrKGW-U/s200/Relato+de+Um+Cora%C3%A7%C3%A3o+Que+Chora.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "inherit","serif";"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Explode a melodia de um coração em lágrimas</span></span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Corta-se um pedaço dele e joga-se ao vento</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">O amor construído não importa</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Os meses de felicidade saem pela porta</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Gritam os desesperos do meu corpo destruído</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">As batidas do meu amor fecharam a porta</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Tudo desmoronou, não me sinto em mim, estou caído</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Sem chão, um abismo</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Ainda assim tenho que lutar</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Mesmo eu tendo sido fuzilado</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Corro atrás de quem me atirou</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Sou ignorado, destroçado</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Mesmo em fúrias minhas em que tenho a razão</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">O poder dele é maior sobre mim, o amo, é verdade</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">A que ponto suportarei essa maldade?</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Dor infinita dentro de mim</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Late meus medos lá fora</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Ainda assim temo que ele vá embora</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Mesmo sendo desprezado e arruinado</span><br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Quanto vale o meu sincero amor afinal?!</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Eu sou um pintor que desenhou beleza e fidelidade. Meu pincel foi traiçoeiro e pintou tudo de preto. Minha tela caiu ao chão, estou como um rio que morre aos poucos. Choro muito, dor profunda. Mas não há quem seque minhas lágrimas. O telefone desligou. Desligou a minha vida.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Obs.: Ainda assim o amo com todas as minhas forças.</span>Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-64776558777688110822011-06-03T21:34:00.008-03:002013-02-17T20:31:14.185-03:00Ode a Você<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Gj24cFwmXQ0/USFoNrMl1gI/AAAAAAAABhA/y9B0peelVuA/s1600/Ode+a+Voc%C3%AA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-Gj24cFwmXQ0/USFoNrMl1gI/AAAAAAAABhA/y9B0peelVuA/s320/Ode+a+Voc%C3%AA.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-eccy6ol9hQk/Tel9F1bH38I/AAAAAAAAANY/b3XAeufxgSI/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"></span></a></div>
</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Num deserto corrente</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Numa luta sem fim<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Encontro você<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">que se um a mim</span> </div>
<div style="text-align: left;">
<br />
<span style="font-family: inherit;">Não é o meu deus</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Não é um carmesim</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">É mais que um anjo</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">É tudo pra mim</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br />
<span style="font-family: inherit;">És mais que um meio</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">És um completo sem fim</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Uma eternidade de céu</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">ab aeterno</i>, em latim<o:p> </o:p></span><span style="font-family: inherit;"></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Em pensar que um dia</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Sem você pude viver</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Em cores mudas de vida</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Troquei o meu ver</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><span style="font-family: inherit;">Falsetas de vozes<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">É tudo um morrer<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">As almas de mim só gritam uma coisa<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">“Querer”<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">É dos sinos mais belos</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Que vem a melodia</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">É do coração mais puro</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Que espera por mais um dia</span><span style="font-family: inherit;"></span></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Em rimas de versos incontroláveis</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Ousado como sou, arrisco mais que a melodia</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Encontro uma maneira de resumir você</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">E de fugir da cantoria:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<br />
<span style="font-family: inherit;">Num deitar de sonhos: você</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Num acordar da manhã, meu Sol</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">No ano, meus meses</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Na vida, minha história.</span></div>
Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-33059963239507804512011-05-28T23:23:00.001-03:002011-05-28T23:23:51.998-03:00Suspiro de um Coração Saudoso<div style="text-align: center;"><img height="158" src="http://th00.deviantart.net/fs15/300W/f/2007/104/7/9/Missing_Heart_by_ramy_art.jpg" width="200" /></div><br />
Olhou nos meus olhos<br />
Tentou se aproximar; com medo<br />
hesitou e repudiou minhas lágrimas<br />
<br />
Os segundos passam rapidamente<br />
As horas são preenchidas pela minha ausência<br />
Os dias se resumem em um único dia<br />
<br />
Os toques se calam<br />
e os meios não se encontram<br />
a saudade me possui<br />
<br />
Tento exorcizar essa cachoeira<br />
de vontade que transborda em mim<br />
Afogo-me nessas águas<br />
<br />
Não sou um pássaro que insiste em cantar<br />
Você é a melodia que brilha em mim<br />
Se não a toco, não posso viver<br />
<br />
Morro em ditos infelizes<br />
de um coração que desampara tanto afago<br />
Ainda que more em mim<br />
<br />
Não há perdas de mim ou você<br />
Não há súplicas<br />
São vibrações honrosas que só sinto ao tocar você.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-42786852318882123272011-05-13T20:36:00.003-03:002011-05-23T12:10:49.521-03:00Contos de Eric Lima - Parte III<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-u4OsLuzw8lg/Tc3ANM_rS8I/AAAAAAAAANU/RwfW6ycJS0U/s1600/sasas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="168" j8="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-u4OsLuzw8lg/Tc3ANM_rS8I/AAAAAAAAANU/RwfW6ycJS0U/s320/sasas.jpg" width="320" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Hoje despertei na madrugada e me levantei da cama. Abri a janela do meu quarto imaginário e pude ver a Lua. E as estrelas. Uma perfeita harmonia; tão real. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Eu comecei a pensar, ainda que eu soubesse que já vagavam ondas de telas e telas em minha mente antes mesmo que eu pudesse pintá-las. Telas desbotadas, telas adornadas de um belíssimo preto e branco, e telas coloridas. </div><br />
Sentei-me na varanda e pude acompanhar o esplendor do dia nascer. Mergulhei em seus raios e me queimei de emoção. <br />
<br />
Fiz uma fogueira de nuvens e me coloquei a arder em chamas. Dancei sobre aquele chão transcendente. Faíscas de Hefesto surgiam de mim. Algumas delas bailavam mais que outras e algumas nasciam e morriam. Era curioso de se sentir.<br />
<br />
Uma faísca enorme surgiu de mim e ela queimava o passado, ardia vínculos sociais e profissionais. Atento para o fato de que, neste Conto, não falarei mais dos amigos e dos amores não vividos ou que um dia achei ter vivenciado. Achei ter. <br />
<br />
O fogo queimou muita experiência e não as deixou escapar, consumiu todo conhecimento que viu pela frente e adentrou as terras dos poliglotas, ainda que não somasse tantas línguas assim a ponto de fazê-lo como tal. Meu pensamento agora brinca de cantar em vozes que não conheço. <br />
<br />
Neste Conto eu tentei adentrar o mar e as terras da batalha, tentei ser mais forte. Há alguns meses eu prometi que domaria os mares como Poseidon e seria como Ares em meu dia a dia, mas o tempo me consumiu e me perdi em minhas tentativas. <br />
<br />
Meu corpo queimou o fim de uma era que nunca começou. E queimou, também, os desconhecimentos do passado. Eu caminhei por águas de concreto e sempre que mergulhava eu ficava preso, imóvel. Era difícil mergulhar ali, mas com o tempo aprendi a moldar as suas ondas até poder chegar à beira e caminhar na floresta. <br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Há alguns meses as minhas chamas tem sido mais ardentes, mais cheias de si. Elas se tornaram abrasadoras e queimam com toda a força. O meu pensamento me contou um conto e neste me foi dito que as coisas um dia mudam e que me entregar a mudança era necessário; aprendi que a minha vida estava sendo moldada assim como as ondas que eu um dia moldei. Desta vez era prazeroso, era tudo feito por mim e pra mim. Que descoberta! </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">As dores já não sofrem mais e os gritos já se calaram. Os ventos já não passam sozinhos e as brisas, nos últimos tempos, chegam carregadas de carinhos. Vento o Sol, queimo a Lua, bebo amor, expiro a eternidade. Quem diria?! </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Há chamas ciumentas que querem brigar com as outras; algumas se exaltam e fazem da floresta uma grande queimada. Mas logo são derrubadas pela chuva e as brisas chegam de novo. As piores são as gêmeas, que são parte uma da outra e há uma dependência entre elas, mas ainda assim continuam a se imporem entre si. É curioso que aqui, em especial neste parágrafo, eu não falo de mim. E não seria interessante nomear as letras daquele que eu penso, tampouco é interessante atentar a este fato que escrevo. </div><br />
O fogo arde forte dentro de mim e consome cada pedaço do meu corpo. Chamei Afrodite e me surpreendi quando a ouvi gritar de dentro de mim. Felicidade. <br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">As chamas que hoje queimam se acabarão, certamente. Meu corpo arderá tanto que se fará em Cinzas. Não porque vivi menos ou porque tudo que contei (ainda que não tenha sentido para a grande maioria que o estiver lendo) não teve importância. Aqui, quero dizer que, falo apenas de um e para um. E não há mais o que me importe ou o que eu tenha que descrever. Não pensei em palavras arrojadas ou palavras adornadas. Simplesmente soprei os pensamentos aqui. E a intenção não é que seja belo ou simples; é simplesmente que eu possa desafogar, que eu possa nomear as ondas que ventam em mim, ou melhor, que queimam em mim. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Eu poderia descrever milhares de ardências que queimam deste meu fogo, mas não haveriam espaços o suficiente e menos ainda lápis que escrevessem tão rápido quanto penso. Entrego-me a ausência de fatos e adentro as terras da eternidade. Minha memória queima intensamente dentro de mim. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Eu queimo aprendiz, queimo educador, queimo filho, queimo pai (ou pelo menos um alguém que tenta educar como tal) queimo diversão, queimo união, queimo ausência, queimo tristeza (as vezes é necessário). </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Há algumas chamas que não pulam de felicidade e exalam confusão. Mas nunca são deixadas de lado pelas demais e são sempre acolhidas pela labareda central que exerce em meu ser. Eu gosto do Sol queimando em mim. </div><br />
Há quase cinco atrás comecei a arder, hoje já não sei parar... A verdade é que tudo se resume as diversidades que vivo agora. E, como eu disse, as chamas de hoje certamente se acabarão. Elas deixarão de queimar e se apagarão. Restarão Cinzas de Mim. Mas o mais importante de tudo é que, hoje, sei que essas Cinzas se farão Fênix e guardarão toda a história que atualmente vivo. Queimarão, soprarão aos ventos e então poderão renascer. O que restam?! Cinzas de Vida. De amor. De você. Retifico, de Nós.Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com471tag:blogger.com,1999:blog-823158646595517753.post-66700507496376735912011-04-13T10:56:00.005-03:002011-04-20T10:17:22.083-03:00Ato 15: Lágrimas de Mim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrW1tD9fy6K2zWFZXf1aPeUH3lKyppeMXvmN5TyFXv7_sE50DjZTIqFSYPyLbqrUJe1VVUKTPtHhdkPqXCxKwg6wpWRlFoYjULyT1DtKZnpVPlNe02ri2o983nVF-HCvNl51wsZhNDA5Y/s320/lgrima.jpg" width="320" /></div><br />
Chegando a nuvem quarenta e dois, me perdi em mim. Eu não encontrara os ventos como os deixei. As brisas se tornaram furacões e as tempestades predominavam. As crianças eu não via e os mais sábios já não conheciam tanto a ponto de sobreviverem.<br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Continuei flutuando por ali e, ao canto, vi alguém se escondendo. Eu disse: <em>“Não tema, é Mythis que está aqui”</em>. E, desesperadamente, aquela menininha correu para os meus braços. Seus olhos azuis iluminaram todo o trajeto por onde ela passou, eram lindos. O medo dela era transparente em seu corpo, ele tremia, exalava dor, estava totalmente destroçado pelo terror. Eu não pude suportar aquela dor. Foi então que voei, voei tão alto quanto eu poderia e cheguei ao último estágio de nuvens existente; continuei voando e depois cai como um raio; parei no meio de tudo e explodi. Explodi luz e usei de todo o poder do livro que criei para restaurar e restabelecer tudo que havíamos perdido. Eu gritei, era demais para mim.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sophie chegou voando, era a única que não seria cegada pela minha luz. Era a parte de um andrógino que há milhares de anos fora dividido em dois. Era o outro “eu”. Ela me abraçou e envolveu meu corpo com suas asas, era perfeito. Uma luminosidade ainda maior encantou os céus. Os humanos acharam que o Sol iria abrasar a Terra, mas o Sol (naquele momento) era feito de mim e eu o usei para queimar as impurezas daqueles que abrigavam as nuvens. Uma tempestade passou por ali. Raios e trovões, tremores e gritos. Fim. Os males haviam sido destruídos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os detalhes eu não sei contar agora, os sentimentos me tocam e caem lágrimas de mim. Naquele momento eu lembro ter caído sobre a nuvem dois e lá ter ficado desacordado (foi Sophie quem me contou). Preciso visitar a Lua e respirar um pouco. O próximo ato é importante para mim.</div>Eric Limahttp://www.blogger.com/profile/04493842926842833768noreply@blogger.com0